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domingo, 29 de julho de 2012

DIVERSIDADE ÉTNICO- RACIAL: CONSCIÊNCIA NEGRA NA SALA DE AULA



Planejamento de aula
OBJETIVO GERAL
•Valorizar a cultura afro-descendente, reconhecendo a sua presença de forma positivada nos diversos segmentos da sociedade, no que diz respeito à literatura, arte, culinária, religião música e dança.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•Discutir as relações raciais no ambiente escolar;
•Reconhecer e valorizar a cultura africana e afro-descendente, como formadora da nossa cultura;
•Promover o respeito pelas várias etnias;
•Reconhecer a constante presença da marca africana na literatura, na música, na culinária, na arquitetura, na lingüística, na criatividade na forma de viver, de pensar, de dançar, de rezar.
ENCAMINHAMENTO:
 * Analise o blog  http://daiannadalabarba.blogspot.com.br/  e o material referente a diversidade  étnico-cultural que lá existe.
* Discussão de  idéias a cerca do blog e suas considerações.
1. Leitura e discussão do livro virtual "Menina Bonita do Laço de Fita" – Ana Maria Machado.
2. Montar uma paleta com massa de modelar: tons de bege e marrom. Ir misturando as cores, como se uma cor fosse o pai e outra a mãe. Isto permitirá que a criança perceba porque possui tal cor de pele. Aproveite a história de Ana Maria Machado, que demonstra nitidamente o que acontece no Brasil: a miscigenação.
3. Ter em sala de aula objetos tais como roupas, figuras, livros, máscaras, instrumentos musicais, entre outros de origem africana. Montar uma maleta onde esses objetos possam ser guardados e levados para casa, para descrição. Cada dia um aluno leva a maleta, escolhe um objeto e escreve sobre ele. No outro dia compartilhar com a turma sua experiência e lê o que escreveu.
4.Em um sulfite, os alunos deverão desenhar como imaginam a África.Expor os desenhos e conversar sobre eles, comparando – os com imagens de alguns países da África, seus costumes, localização, belezas naturais etc.
5. Montar um texto coletivo sobre a África a partir destas observações e montar um cartaz sobre a sua nova visão da África, com desenhos do que mais gostou.
6. Contar a história "Bruna e a Galinha d´Angola": leitura, discussão oral. Localização de Angola no mapa; característica do lugar; língua falada; construções entre outras curiosidades. Enfatizar como na cultura africana, é forte o respeito pelos mais velhos e suas tradições orais.
7. Confeccionar em equipe, algumas bandeiras de países africanos; exposição das mesmas.
8. Com dobradura, construir casa africanas, pintar explorando também as cores e as formas geométricas utilizadas por eles. Ver casas Ndebele.
9. Em revistas, fazer uma pesquisa de figuras de personagens negros ou afro descendentes, para conversação e montagem de uma painel. Leitura de algumas biografias: Pelé, Mandela, Zumbi dos Palmares.

SER NEGRO É SER



    Ser negro é ter a pele
    pintada de dor e beleza.

    É ter consciência de que
    consciência, ainda não
    existe.

    Ser negro é ser dono da
    alegria, e generosamente
    dividi-la entre os filhos
    do preconceito.

    Ser negro é ser brasileiro
    duas vezes.

    É gritar não aos nãos
    da vida.

    Ser negro é ter a liberdade
    disfarçada de alma.

    Ser negro é ser.
Sintia Lira
Enviado por Sintia Lira em 20/11/2008
Código do texto: T1293475


Ser negro no Brasil hoje

Ética enviesada da sociedade branca desvia enfrentamento do problema negro

Milton Santos

http://www.ige.unicamp.br/~lmelgaco/santos.htm

Há uma frequente indagação sobre como é ser negro em outros lugares, forma de perguntar, também, se isso é diferente de ser negro no Brasil. As peripécias da vida levaram-nos a viver em quatro continentes, Europa, Américas, África e Ásia, seja como quase transeunte, isto é, conferencista, seja como orador, na qualidade de professor e pesquisador. Desse modo, tivemos a experiência de ser negro em diversos países e de constatar algumas das manifestações dos choques culturais correspondentes. Cada uma dessas vivências foi diferente de qualquer outra, e todas elas diversas da própria experiência brasileira. As realidades não são as mesmas. Aqui, o fato de que o trabalho do negro tenha sido, desde os inícios da história econômica, essencial à manutenção do bem-estar das classes dominantes deu-lhe um papel central na gestação e perpetuação de uma ética conservadora e desigualitária. Os interesses cristalizados produziram convicções escravocratas arraigadas e mantêm estereótipos que ultrapassam os limites do simbólico e têm incidência sobre os demais aspectos das relações sociais. Por isso, talvez ironicamente, a ascensão, por menor que seja, dos negros na escala social sempre deu lugar a expressões veladas ou ostensivas de ressentimentos (paradoxalmente contra as vítimas). Ao mesmo tempo, a opinião pública foi, por cinco séculos, treinada para desdenhar e, mesmo, não tolerar manifestações de inconformidade, vistas como um injustificável complexo de inferioridade, já que o Brasil, segundo a doutrina oficial, jamais acolhera nenhuma forma de discriminação ou preconceito.

500 anos de culpa

Agora, chega o ano 2000 e a necessidade de celebrar conjuntamente a construção unitária da nação. Então é ao menos preciso renovar o discurso nacional racialista. Moral da história: 500 anos de culpa, 1 ano de desculpa. Mas as desculpas vêm apenas de um ator histórico do jogo do poder, a Igreja Católica! O próprio presidente da República considera-se quitado porque nomeou um bravo general negro para a sua Casa Militar e uma notável mulher negra para a sua Casa Cultural. Ele se esqueceu de que falta nomear todos os negros para a grande Casa Brasileira. Por enquanto, para o ministro da Educação, basta que continuem a frequentar as piores escolas e, para o ministro da Justiça, é suficiente manter reservas negras como se criam reservas indígenas. A questão não é tratada eticamente. Faltam muitas coisas para ultrapassar o palavrório retórico e os gestos cerimoniais e alcançar uma ação política consequente. Ou os negros deverão esperar mais outro século para obter o direito a uma participação plena na vida nacional? Que outras reflexões podem ser feitas, quando se aproxima o aniversário da Abolição da Escravatura, uma dessas datas nas quais os negros brasileiros são autorizados a fazer, de forma pública, mas quase solitária, sua catarse anual?

Hipocrisia permanente

No caso do Brasil, a marca predominante é a ambivalência com que a sociedade branca dominante reage, quando o tema é a existência, no país, de um problema negro. Essa equivocação é, também, duplicidade e pode ser resumida no pensamento de autores como Florestan Fernandes e Octavio Ianni, para quem, entre nós, feio não é ter preconceito de cor, mas manifestá-lo. Desse modo, toda discussão ou enfrentamento do problema torna-se uma situação escorregadia, sobretudo quando o problema social e moral é substituído por referências ao dicionário. Veja-se o tempo politicamente jogado fora nas discussões semânticas sobre o que é preconceito, discriminação, racismo e quejandos, com os inevitáveis apelos à comparação com os norte-americanos e europeus. Às vezes, até parece que o essencial é fugir à questão verdadeira: ser negro no Brasil o que é? Talvez seja esse um dos traços marcantes dessa problemática: a hipocrisia permanente, resultado de uma ordem racial cuja definição é, desde a base, viciada. Ser negro no Brasil é frequentemente ser objeto de um olhar vesgo e ambíguo. Essa ambiguidade marca a convivência cotidiana, influi sobre o debate acadêmico e o discurso individualmente repetido é, também, utilizado por governos, partidos e instituições. Tais refrões cansativos tornam-se irritantes, sobretudo para os que nele se encontram como parte ativa, não apenas como testemunha. Há, sempre, o risco de cair na armadilha da emoção desbragada e não tratar do assunto de maneira adequada e sistêmica.

Marcas visíveis

Que fazer? Cremos que a discussão desse problema poderia partir de três dados de base: a corporeidade, a individualidade e a cidadania. A corporeidade implica dados objetivos, ainda que sua interpretação possa ser subjetiva; a individualidade inclui dados subjetivos, ainda que possa ser discutida objetivamente. Com a verdadeira cidadania, cada qual é o igual de todos os outros e a força do indivíduo, seja ele quem for, iguala-se à força do Estado ou de outra qualquer forma de poder: a cidadania define-se teoricamente por franquias políticas, de que se pode efetivamente dispor, acima e além da corporeidade e da individualidade, mas, na prática brasileira, ela se exerce em função da posição relativa de cada um na esfera social.
Costuma-se dizer que uma diferença entre os Estados Unidos e o Brasil é que lá existe uma linha de cor e aqui não. Em si mesma, essa distinção é pouco mais do que alegórica, pois não podemos aqui inventar essa famosa linha de cor. Mas a verdade é que, no caso brasileiro, o corpo da pessoa também se impõe como uma marca visível e é frequente privilegiar a aparência como condição primeira de objetivação e de julgamento, criando uma linha demarcatória, que identifica e separa, a despeito das pretensões de individualidade e de cidadania do outro. Então, a própria subjetividade e a dos demais esbarram no dado ostensivo da corporeidade cuja avaliação, no entanto, é preconceituosa.
A individualidade é uma conquista demorada e sofrida, formada de heranças e aquisições culturais, de atitudes aprendidas e inventadas e de formas de agir e de reagir, uma construção que, ao mesmo tempo, é social, emocional e intelectual, mas constitui um patrimônio privado, cujo valor intrínseco não muda a avaliação extrínseca, nem a valoração objetiva da pessoa, diante de outro olhar. No Brasil, onde a cidadania é, geralmente, mutilada, o caso dos negros é emblemático. Os interesses cristalizados, que produziram convicções escravocratas arraigadas, mantêm os estereótipos, que não ficam no limite do simbólico, incidindo sobre os demais aspectos das relações sociais. Na esfera pública, o corpo acaba por ter um peso maior do que o espírito na formação da socialidade e da sociabilidade.
Peço desculpas pela deriva autobiográfica. Mas quantas vezes tive, sobretudo neste ano de comemorações, de vigorosamente recusar a participação em atos públicos e programas de mídia ao sentir que o objetivo do produtor de eventos era a utilização do meu corpo como negro -imagem fácil- e não as minhas aquisições intelectuais, após uma vida longa e produtiva. Sem dúvida, o homem é o seu corpo, a sua consciência, a sua socialidade, o que inclui sua cidadania. Mas a conquista, por cada um, da consciência não suprime a realidade social de seu corpo nem lhe amplia a efetividade da cidadania. Talvez seja essa uma das razões pelas quais, no Brasil, o debate sobre os negros é prisioneiro de uma ética enviesada. E esta seria mais uma manifestação da ambiguidade a que já nos referimos, cuja primeira consequência é esvaziar o debate de sua gravidade e de seu conteúdo nacional.

Olhar enviesado

Enfrentar a questão seria, então, em primeiro lugar, criar a possibilidade de reequacioná-la diante da opinião, e aqui entra o papel da escola e, também, certamente, muito mais, o papel frequentemente negativo da mídia, conduzida a tudo transformar em "faits-divers", em lugar de aprofundar as análises. A coisa fica pior com a preferência atual pelos chamados temas de comportamento, o que limita, ainda mais, o enfrentamento do tema no seu âmago. E há, também, a displicência deliberada dos governos e partidos, no geral desinteressados do problema, tratado muito mais em termos eleitorais que propriamente em termos políticos. Desse modo, o assunto é empurrado para um amanhã que nunca chega.
Ser negro no Brasil é, pois, com frequência, ser objeto de um olhar enviesado. A chamada boa sociedade parece considerar que há um lugar predeterminado, lá em baixo, para os negros e assim tranquilamente se comporta. Logo, tanto é incômodo haver permanecido na base da pirâmide social quanto haver "subido na vida".
Pode-se dizer, como fazem os que se deliciam com jogos de palavras, que aqui não há racismo (à moda sul-africana ou americana) ou preconceito ou discriminação, mas não se pode esconder que há diferenças sociais e econômicas estruturais e seculares, para as quais não se buscam remédios. A naturalidade com que os responsáveis encaram tais situações é indecente, mas raramente é adjetivada dessa maneira. Trata-se, na realidade, de uma forma do apartheid à brasileira, contra a qual é urgente reagir se realmente desejamos integrar a sociedade brasileira de modo que, num futuro próximo, ser negro no Brasil seja, também, ser plenamente brasileiro no Brasil.



Artigo escrito por Milton Santos, geógrafo, professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Fonte: Folha de S.Paulo - Mais - brasil 501 d.c. - 07 de maio de 2000


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Ética enviesada da sociedade branca desvia enfrentamento do problema negro

Há uma frequente indagação sobre como é ser negro em outros lugares, forma de perguntar, também, se isso é diferente de ser negro no Brasil. As peripécias da vida levaram-nos a viver em quatro continentes, Europa, Américas, África e Ásia, seja como quase transeunte, isto é, conferencista, seja como orador, na qualidade de professor e pesquisador. Desse modo, tivemos a experiência de ser negro em diversos países e de constatar algumas das manifestações dos choques culturais correspondentes. Cada uma dessas vivências foi diferente de qualquer outra, e todas elas diversas da própria experiência brasileira. As realidades não são as mesmas. Aqui, o fato de que o trabalho do negro tenha sido, desde os inícios da história econômica, essencial à manutenção do bem-estar das classes dominantes deu-lhe um papel central na gestação e perpetuação de uma ética conservadora e desigualitária. Os interesses cristalizados produziram convicções escravocratas arraigadas e mantêm estereótipos que ultrapassam os limites do simbólico e têm incidência sobre os demais aspectos das relações sociais. Por isso, talvez ironicamente, a ascensão, por menor que seja, dos negros na escala social sempre deu lugar a expressões veladas ou ostensivas de ressentimentos (paradoxalmente contra as vítimas). Ao mesmo tempo, a opinião pública foi, por cinco séculos, treinada para desdenhar e, mesmo, não tolerar manifestações de inconformidade, vistas como um injustificável complexo de inferioridade, já que o Brasil, segundo a doutrina oficial, jamais acolhera nenhuma forma de discriminação ou preconceito.

500 anos de culpa

Agora, chega o ano 2000 e a necessidade de celebrar conjuntamente a construção unitária da nação. Então é ao menos preciso renovar o discurso nacional racialista. Moral da história: 500 anos de culpa, 1 ano de desculpa. Mas as desculpas vêm apenas de um ator histórico do jogo do poder, a Igreja Católica! O próprio presidente da República considera-se quitado porque nomeou um bravo general negro para a sua Casa Militar e uma notável mulher negra para a sua Casa Cultural. Ele se esqueceu de que falta nomear todos os negros para a grande Casa Brasileira. Por enquanto, para o ministro da Educação, basta que continuem a frequentar as piores escolas e, para o ministro da Justiça, é suficiente manter reservas negras como se criam reservas indígenas. A questão não é tratada eticamente. Faltam muitas coisas para ultrapassar o palavrório retórico e os gestos cerimoniais e alcançar uma ação política consequente. Ou os negros deverão esperar mais outro século para obter o direito a uma participação plena na vida nacional? Que outras reflexões podem ser feitas, quando se aproxima o aniversário da Abolição da Escravatura, uma dessas datas nas quais os negros brasileiros são autorizados a fazer, de forma pública, mas quase solitária, sua catarse anual?

Hipocrisia permanente

No caso do Brasil, a marca predominante é a ambivalência com que a sociedade branca dominante reage, quando o tema é a existência, no país, de um problema negro. Essa equivocação é, também, duplicidade e pode ser resumida no pensamento de autores como Florestan Fernandes e Octavio Ianni, para quem, entre nós, feio não é ter preconceito de cor, mas manifestá-lo. Desse modo, toda discussão ou enfrentamento do problema torna-se uma situação escorregadia, sobretudo quando o problema social e moral é substituído por referências ao dicionário. Veja-se o tempo politicamente jogado fora nas discussões semânticas sobre o que é preconceito, discriminação, racismo e quejandos, com os inevitáveis apelos à comparação com os norte-americanos e europeus. Às vezes, até parece que o essencial é fugir à questão verdadeira: ser negro no Brasil o que é? Talvez seja esse um dos traços marcantes dessa problemática: a hipocrisia permanente, resultado de uma ordem racial cuja definição é, desde a base, viciada. Ser negro no Brasil é frequentemente ser objeto de um olhar vesgo e ambíguo. Essa ambiguidade marca a convivência cotidiana, influi sobre o debate acadêmico e o discurso individualmente repetido é, também, utilizado por governos, partidos e instituições. Tais refrões cansativos tornam-se irritantes, sobretudo para os que nele se encontram como parte ativa, não apenas como testemunha. Há, sempre, o risco de cair na armadilha da emoção desbragada e não tratar do assunto de maneira adequada e sistêmica.

Marcas visíveis

Que fazer? Cremos que a discussão desse problema poderia partir de três dados de base: a corporeidade, a individualidade e a cidadania. A corporeidade implica dados objetivos, ainda que sua interpretação possa ser subjetiva; a individualidade inclui dados subjetivos, ainda que possa ser discutida objetivamente. Com a verdadeira cidadania, cada qual é o igual de todos os outros e a força do indivíduo, seja ele quem for, iguala-se à força do Estado ou de outra qualquer forma de poder: a cidadania define-se teoricamente por franquias políticas, de que se pode efetivamente dispor, acima e além da corporeidade e da individualidade, mas, na prática brasileira, ela se exerce em função da posição relativa de cada um na esfera social.
Costuma-se dizer que uma diferença entre os Estados Unidos e o Brasil é que lá existe uma linha de cor e aqui não. Em si mesma, essa distinção é pouco mais do que alegórica, pois não podemos aqui inventar essa famosa linha de cor. Mas a verdade é que, no caso brasileiro, o corpo da pessoa também se impõe como uma marca visível e é frequente privilegiar a aparência como condição primeira de objetivação e de julgamento, criando uma linha demarcatória, que identifica e separa, a despeito das pretensões de individualidade e de cidadania do outro. Então, a própria subjetividade e a dos demais esbarram no dado ostensivo da corporeidade cuja avaliação, no entanto, é preconceituosa.
A individualidade é uma conquista demorada e sofrida, formada de heranças e aquisições culturais, de atitudes aprendidas e inventadas e de formas de agir e de reagir, uma construção que, ao mesmo tempo, é social, emocional e intelectual, mas constitui um patrimônio privado, cujo valor intrínseco não muda a avaliação extrínseca, nem a valoração objetiva da pessoa, diante de outro olhar. No Brasil, onde a cidadania é, geralmente, mutilada, o caso dos negros é emblemático. Os interesses cristalizados, que produziram convicções escravocratas arraigadas, mantêm os estereótipos, que não ficam no limite do simbólico, incidindo sobre os demais aspectos das relações sociais. Na esfera pública, o corpo acaba por ter um peso maior do que o espírito na formação da socialidade e da sociabilidade.
Peço desculpas pela deriva autobiográfica. Mas quantas vezes tive, sobretudo neste ano de comemorações, de vigorosamente recusar a participação em atos públicos e programas de mídia ao sentir que o objetivo do produtor de eventos era a utilização do meu corpo como negro -imagem fácil- e não as minhas aquisições intelectuais, após uma vida longa e produtiva. Sem dúvida, o homem é o seu corpo, a sua consciência, a sua socialidade, o que inclui sua cidadania. Mas a conquista, por cada um, da consciência não suprime a realidade social de seu corpo nem lhe amplia a efetividade da cidadania. Talvez seja essa uma das razões pelas quais, no Brasil, o debate sobre os negros é prisioneiro de uma ética enviesada. E esta seria mais uma manifestação da ambiguidade a que já nos referimos, cuja primeira consequência é esvaziar o debate de sua gravidade e de seu conteúdo nacional.

Olhar enviesado

Enfrentar a questão seria, então, em primeiro lugar, criar a possibilidade de reequacioná-la diante da opinião, e aqui entra o papel da escola e, também, certamente, muito mais, o papel frequentemente negativo da mídia, conduzida a tudo transformar em "faits-divers", em lugar de aprofundar as análises. A coisa fica pior com a preferência atual pelos chamados temas de comportamento, o que limita, ainda mais, o enfrentamento do tema no seu âmago. E há, também, a displicência deliberada dos governos e partidos, no geral desinteressados do problema, tratado muito mais em termos eleitorais que propriamente em termos políticos. Desse modo, o assunto é empurrado para um amanhã que nunca chega.
Ser negro no Brasil é, pois, com frequência, ser objeto de um olhar enviesado. A chamada boa sociedade parece considerar que há um lugar predeterminado, lá em baixo, para os negros e assim tranquilamente se comporta. Logo, tanto é incômodo haver permanecido na base da pirâmide social quanto haver "subido na vida".
Pode-se dizer, como fazem os que se deliciam com jogos de palavras, que aqui não há racismo (à moda sul-africana ou americana) ou preconceito ou discriminação, mas não se pode esconder que há diferenças sociais e econômicas estruturais e seculares, para as quais não se buscam remédios. A naturalidade com que os responsáveis encaram tais situações é indecente, mas raramente é adjetivada dessa maneira. Trata-se, na realidade, de uma forma do apartheid à brasileira, contra a qual é urgente reagir se realmente desejamos integrar a sociedade brasileira de modo que, num futuro próximo, ser negro no Brasil seja, também, ser plenamente brasileiro no Brasil.

Artigo escrito por Milton Santos, geógrafo, professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Fonte: Folha de S.Paulo


SER NEGRO É UMA QUESTÃO DA COR DA PELE?



Ronaldinho levantou a polêmica ao dizer em alto e bom som que não é negro. Nem mesmo sua retratação serviu para pôr panos quentes no assunto. Quando um dos maiores ídolos brasileiros da atualidade não assume suas raízes, é natural que a pergunta assuma proporções ainda maiores. Cinco jovens deram sua opinião sobre o fenômeno da negritude estar ou não associado à cor da pele

POR ISABEL TARANTO E JONI ANDERSON
FOTOS: TÂNIA LUMENA
"Na escola os livros trazem sempre o negro como escravo apanhando. Uma criança vai querer ser descendente de escravos?", pergunta Evânio Telles de Matos, um negro de pele bem clara, no nosso debate. Nos Estados Unidos tudo foi diferente. As Ações Afirmativas começaram com a abolição da escravatura. Numa espécie de cadastro, todos aparecem no documento como negros de primeira geração. As miscigenações que aconteceram depois, clareando as peles das pessoas, não as tornaram brancas. Este mês, no cinema, com as estréias de Quarteto Fantástico eSin City, poderemos ver atrizes como Jessica Alba ou Rosário Dawson felizes se assumindo como negras. Assim como Jennifer Lopez e outras. Lá, pelo menos até a quinta geração, vai constar negro no documento, independentemente da cor da pele. Ter de provar com documento pode ser radical, ainda mais aqui, em que 8 entre 10 brasileiros têm descendência negra. Por causa das nossas (bem-vindas) misturas, fica difícil saber quem é negro. É uma discussão sem fim. Vamos ver o pensam nossos convidados.
"A QUESTÃO DA NEGRITUDE É A DE ASSUMIR-SE COMO NEGRO, IDENTIFICAR-SE NEGRO, SENTIR-SE NEGRO"
EVÂNIO
Evânio Telles de Matos, 32 anos, ator
Raça Brasil - O ministro da Cultura, Gilberto Gil, recentemente falou que as pessoas no Brasil definem o negro pela cor da pele. Ronaldo declarou publicamente não ser negro. Afinal, ser negro é questão da cor da pele?
Vanessa - 
Cor da pele não interfere na sua raça. Tenho a pele clara, mas meus bisavós maternos e paternos são negros, por isso falo que sou negra. Minha família veio do Nordeste, meus olhos claros talvez sejam herança dos holandeses.
Jarbas - O Brasil é miscigenado. O problema no Brasil é que, politicamente, ser negro é ser inferior, basta ver o depoimento do Ronaldinho. Uma criança negra que está sofrendo este primeiro tipo de preconceito também vai querer fazer de tudo para não se sentir negra, porque o ídolo dela não se sente negro. É frustrante, principalmente porque vem de quem poderia dar o exemplo...
Denise - A questão da negritude não está só na cor da pele, está muito mais enraizada nos nossos genes. Muitas pessoas não têm consciência disso. Elas acham que é só a cor da pele que define o ser negro. Somos uns miscegenados. Não tem como negar, nossas raízes, nossa genética, não tem como negar...
Evânio - A questão da negritude é a de assumir-se negro, identificar-se negro, sentir-se negro. É mais reconhecer-se, independentemente da cor da pele. Por que eu posso me assumir negro, embora não seja preto. Sou de uma família numerosa. Sou o mais negro. Tenho cabelos crespos, olhos puxados. Ser negro é sentir-se negro pela da minha ascendência. Acho que o Ronaldinho fez uma declaração sem pensar. Na Europa, onde vive, as pessoas o vêem como negro.
Emerson - O comentário do Ronaldinho foi infeliz e impensado. Foi pura falta de cultura, não me afetou. Muitos acham que, ser negro ou não, funciona de acordo com a cor da pele. A miscigenação é importante. Mas, como o Evânio falou, a condição de ser ou não ser negro é muito individual. A gente tem que se identificar com a cor, tem que se identificar com o que é ser negro, que é algo que vai muito além da cor da pele. É uma questão de coragem e de opinião. Ser negro envolve cultura, antepassados, envolve atitude, coragem, o ato de se autodeclarar negro.
Jarbas - No caso da minha família é diferente. Não tenho miscigenação nenhuma. Meus bisavós foram escravos, chegaram a pegar a Lei do Ventre Livre. Meu pai comentou que em nossa família nunca houve miscigenação.
"EXISTE UMA HERANÇA GENÉTICA. AO PERCEBER A HISTÓRIA DO NEGRO, EM VEZ DE A PESSOA SE ENVERGONHAR, VAI SE ORGULHAR"
JARBAS
fonte:http://racabrasil.uol.com.br/Edicoes/88/artigo9206-1.asp

Trabalhando com editor de texto Microsoft Word: Dicas Importantes!


Você também pode conferir dicas para o Word 2010 aqui.
A seguir, as dicas.

1 - Tudo em maiúsculo ou em minúsculo rapidamente:

Se você precisa deixar uma palavra, uma frase ou, ainda, um parágrafo todo em letras maiúsculas, não precisa digitar tudo novamente. Basta selecionar a palavra, a frase ou o parágrafo, e pressionar as teclas Shift e F3 ao mesmo tempo. Se quiser que o texto volte a ficar com letras minúsculas, pressione Shift e F3 novamente. Se você repetir esse procedimento pela terceira vez, apenas a primeira letra da palavra ou da frase ficará maiúscula.

2 - Evite que palavras se separem no final da linha

Muitas vezes você está trabalhando em um documento e percebe que um certo conjunto de palavras ficaria melhor se estivesse na mesma linha. Por exemplo, suponha que você necessite manter o nome Ayrton Senna sempre junto. Para isso, escreva a palavra Ayrton, pressione ao mesmo tempo as teclas CtrlShift e Espaço e, por fim, digite Senna. Repare agora que Ayrton Senna ficará sempre junto, como se fosse uma palavra só. Se esse nome não couber inteiro no final da linha, ambas as palavras irão para a linha seguinte.

3 - Gere rapidamente um texto para testes

Você precisa fazer testes de formatação, de impressão ou qualquer outro que necessite de um texto? Então faça o Wordcriar esse texto automaticamente. Para isso, abra o programa, digite a instrução abaixo e, em seguida, pressione Enter:
=rand(x, y)
Onde x indica a quantidade de parágrafos que o texto deve ter, e y indica a quantidade de frases em cada parágrafo. Por exemplo, se você quer um texto com 2 parágrafos e 4 frases em cada um, basta digita =rand(2,4). Na versão 2003 do Word em português do Brasil, a frase utilizada é "A ligeira raposa marrom ataca o cão preguiçoso". Por sua vez, a versão 2007 do programa aplica os textos disponíveis em seus arquivos de ajuda.

4 - Aumente ou diminua o tamanho de uma fonte rapidamente

Se você precisa aumentar ou diminuir o tamanho da fonte de uma palavra ou de uma frase, não precisa acessar os recursos de formatação para isso. Basta selecionar a palavra ou a frase desejada e pressionar, ao mesmo tempo, os botões:
Ctrl e ] para aumentar a fonte
Ctrl e [ para diminuir a fonte

5 - Saiba a quantidade de palavras e letras de seu texto

Se, por algum motivo, você precisa saber a quantidade de palavras ou de letras que seu texto tem, basta fazer o seguinte:
- No Word 2003, vá ao menu Ferramentas e clique na opção Contar palavras;
- No Word 2007, clique na aba Revisão e, em seguida, no botão Contar palavras.
Contador de palavras do Word
Note que, com esse procedimento, o Word exibirá uma janela que informa a quantidade de páginas, a quantidade de caracteres (com e sem espaço), a quantidade de parágrafos e a quantidade de linhas. Se você precisa que apenas as informações de um trecho do texto sejam exibidas, basta selecioná-lo e repetir o procedimento. Ao fazer isso, o recursoContar palavras mostrará apenas os dados do trecho selecionado.

6 - Use as sugestões de sinônimos do Word

Você está elaborando um texto e percebe que uma determinada palavra já foi utilizada naquela frase ou não se encaixa no contexto. Se você não se lembra de nenhuma outra palavra que possa substituí-la, tente utilizar as sugestões dadas pelo próprio Word. Para isso, clique com o botão direito do mouse sob a palavra que deseja substituir e, no menu que surgir, escolha uma palavra que aparece na opção Sinônimos.
Sugestões de sinônimos no Word

7 - Insira símbolos e caracteres especiais

Você precisa inserir o símbolo da moeda euro em seu texto? Ou, ainda, uma seta, o sinal de desigualdade, o símbolo decopyright, caracteres gregos, entre outros? No Word isso é fácil:
- Na versão 2003 do programa, vá ao menu Inserir, escolha a opção Símbolo e, na caixa que surgir, escolha o símbolo ou o caractere desejado. Clique no menu Subconjunto para escolher a categoria do caractere desejado;
- No Word 2007, vá à aba Inserir, localize e clique no botão Símbolo. Ao fazer isso, o Word mostrará uma pequena lista com os caracteres mais comuns. Para acessar a caixa que exibe todo os caracteres, clique em Mais símbolos.
Caracteres especiais no Word 2007
Em ambos os casos, após selecionar o caractere desejado, clique no botão Inserir.

8 - Impressão: reduza para caber

Você quer imprimir um texto, mas percebe que a última página contém apenas algumas poucas linhas. Além de ser um desperdício, entregar um documento impresso com a última página quase toda em branco pode ser deselegante. Ao lidar com um problema como esse, faça uso do recurso Reduzir para caber do Word:
- No Word 2003, vá em Arquivo e clique em Visualizar impressão. Na tela de visualização do arquivo, clique no botãoReduzir para caber. Note que o pequeno texto que estava na última página foi para a página anterior;
- No Word 2007, clique no botão Office (o botão redondo no canto superior esquerdo do programa), vá à opção Imprimire escolha Visualização de impressão. Na tela que surgir, procure e clique no botão Reduzir uma página.

9 - Recupere arquivos danificados

Quem é que nunca se deparou com um arquivo do Word danificado ao ponto de não abrir corretamente ou sequer abrir? Se isso acontecer com você, saiba que há um meio de tentar recuperar o arquivo. Para isso, abra o Word vazio, isto é, sem nenhum arquivo aberto nele. Em seguida, vá ao menu Arquivo e clique em Abrir (na versão 2007, menu Office, opção Abrir). Na janela que surgir, procure pelo arquivo danificado e selecione-o. Em seguida, clique na pequena seta localizada ao lado do botão Abrir e escolha a opção Abrir e reparar.
Abrir e reparar no Word
Esse procedimento é suficiente para recuperar um arquivo danificado, mas é importante frisar que nem sempre funciona.

10 - Use grades para posicionar objetos

Se você precisa posicionar imagens ou outros itens com precisão nas páginas de um documento, talvez o recurso de grades lhe ajude nessa tarefa. Para exibir grades no Word 2007, basta ir à aba Exibição e clicar na opção Linhas de Grade.
No Word 2003, esse procedimento é um pouco mais trabalhoso: em primeiro lugar, é necessário que o menu Desenhoesteja sendo exibido (geralmente ele é posicionado na parte inferior do Word). Se esse menu não estiver aparecendo, clique com o botão direito do mouse sob qualquer ponto dos menus superiores e escolha a opção Desenho. Se preferir, vá ao menu Exibir, escolha Barras de ferramentas e, por fim, clique em Desenho. Quando esse menu estiver aparecendo, clique no botão Desenhar e procure o item Grade. Na caixa que surgir, clique no item Exibir linhas de grade na tela e clique em Ok.
Exibindo grades no Word
Note que o Word mostrará uma grade que ajuda a posicionar itens no texto. Para a grade sumir, basta desfazer o procedimento.

11 - Repita a última ação com um botão

Suponha que você alterou a cor e o tamanho da fonte de um parágrafo. Se logo em seguida você quiser aplicar essa mesma formatação em um outro trecho do texto, basta selecioná-lo e pressionar a tecla F4. Esse procedimento faz com que o Word repita a última ação realizada, portanto funciona com outros recursos além dos de formatação.

12 - Cole textos sem formatação

Você encontrou um texto interessante na internet, mas ao colá-lo em seu documento do Word, notou que ele veio com tabelas, figuras e formatações que bagunçam o trabalho. Para evitar que isso aconteça, copie o texto e:
- No Word 2003, vá ao menu Editar, escolha Colar Especial e selecione a opção Texto não formatado;
- No Word 2007, vá à aba Início, clique no botão Colar, selecione o item Colar Especial e, por fim, escolha Texto não formatado.
Executando esse procedimento, o texto será inserido no Word "puro", isto é, sem formatação ou outros elementos que possam atrapalhar o layout do documento.

13 - Insira marcas d'água rapidamente

Muitas vezes é necessário inserir uma marca d'água no documento com dizeres como "minuta", "confidencial", "rascunho", "exemplo", entre outros. No Word, isso é fácil:
- No Word 2007, vá à aba Layout de Página e clique no botão Marca D'água. Ao fazer isso, o programa mostrará várias marcas d'água pré-prontas. Basta selecionar a desejada, e ela aparecerá em todas as páginas de seu documento. Se quiser mudar a palavra, alterar sua posição ou, ainda, inserir uma imagem, basta clicar no botão Marca D'água e, em seguida, escolher Personalizar Marca D'água;
Marca d'água no Word
- Na versão 2003 do Word, basta ir ao menu Formatar, escolher Plano de fundo e, por fim, clicar no botão Marca d'água impressa. Note que, na caixa que surgir, é possível escolher uma palavra para servir de marca, alterar sua formatação e sua posição (horizontal ou diagonal) ou selecionar uma imagem.

14 - Data ou hora atualizada automaticamente

Suponha que você tenha um modelo de carta que envia a cada novo cliente de sua empresa. O problema é que, nesse documento, você sempre precisa inserir a data atual. Mas, e se você esquecer de atualizar essa informação? Para evitar situações como essa, use a opção de atualização automática de data e hora do Word. Para isso:
- No Word 2007, vá à aba Inserir e clique no botão Data e hora. Na janela que surgir, escolha o formato de data ou hora desejado, assim como o idioma. Por fim, marque a caixa Atualizar automaticamente (se essa caixa não for marcada, o Word simplesmente inserirá a data atual, mas não a atualizará) e clique em Ok;
- No Word 2003, clique no menu Inserir e escolha Data e hora. Escolha o formato de data desejado, altere o idioma, se necessário, e marque Atualizar automaticamente. Por fim, clique em Ok.
Data automática no Word

15 - Remova a formatação do texto

Precisa remover a formatação de um trecho de seu texto? É fácil: selecione o trecho e pressione as teclas Ctrl e Espaçoao mesmo tempo. Se quiser remover a formatação de todo o documento, pressione os botões Ctrl e T ao mesmo tempo e repita o procedimento anterior.

16 - Defina outra fonte como padrão

Se você é acostumado a usar uma fonte diferente da que o Word aplica como padrão quando um arquivo é criado, faça com que a fonte padrão seja outra. Para isso:
- No Word 2003, clique em Formatar e escolha Fonte. Na janela que abrir, selecione a fonte desejada, clique no botãoPadrão e, depois, em Ok;
- No Word 2007, vá à aba Início e clique no símbolo localizado na parte inferior direita da caixa Fonte. Na caixa que surgir, escolha a fonte que quiser, clique em Padrão e, por fim, em Ok.
Fonte padrão no Word

17 - Imprima mais de uma página por folha

Sabia que é possível imprimir mais de uma página por folha no Word? Para isso, vá ao menu Office, escolha Imprmir e, depois, Impressão (no Word 2003, vá ao menu Arquivo e clique em Imprimir). Na caixa de impressão que abrir, vá à divisão Zoom e escolha quantas páginas por folha você quer imprimir.
Imprimindo mais de uma página por folha

18 - Passe um parágrafo para cima ou para baixo rapidamente

Você está organizando um documento e descobre que precisa mover um parágrafo para cima. O jeito é recortar e colar, não? Na verdade, há uma maneira mais fácil: selecione o parágrafo ou o trecho do texto desejado e pressione ao mesmo tempo as teclas ShiftAlt e seta para cima. Se o parágrafo precisa ser movido para baixo, basta repetir o procedimento, porém utilizando a tecla de seta para baixo do teclado. Esse recurso também funciona para movimentar linhas em tabelas.

19 - Seleção avançada de texto

Quando um texto é selecionado no Word, esse processo é feito da esquerda para a direita, "pegando" cada linha de ponta a ponta. Mas, e se você quiser selecionar um trecho a partir do centro da tela até o seu final, à direita (ver imagem abaixo)? Fazer isso é fácil: mantenha pressionada a tecla Alt em seu teclado e clique no ponto de origem da seleção. Em seguida, mova o mouse na direção da seleção a ser feita.
Seleção avançada de texto no Word
Note na imagem acima que apenas a metade direita do texto foi selecionada. Ao fazer isso em seu texto, você pode pressionar os botões Ctrl e C ao mesmo tempo para copiar o conteúdo. Veja que somente o trecho selecionado será copiado:
Seleção avançada de texto no Word

20 - Abra arquivos do Word 2007 no Word 2003

O Word 2007 abre sem dificuldades arquivos das edições 2003 e anteriores, mas o contrário não acontece - o Word 2003 não consegue abrir arquivos do Word 2007 (cuja extensão é .docx). Para resolver esse problema, basta instalar umconversor oferecido gratuitamente pela Microsoft . Depois de instalado, o próprio Word 2003 fará a conversão do arquivo para um formato que o programa possa ler.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Memorial descritivo da minha vida profissional


INTRODUÇÃO
O presente Memorial tem por objetivo descrever a minha trajetória profissional e educacional, destacando as principais atividades que eu já desenvolvi, quanto às atividades que realizo atualmente. Registro, também, nesse documento, os cursos de aperfeiçoamento e atualização que realizei, bem como as minhas perspectivas de estudo e pesquisa em relação a esse curso.

1.1          – FORMAÇÃO ACADÊMICA E PROFISSIONAL

A minha formação acadêmica começou em 2003, quando iniciei o curso de Graduação em Pedagogia Licenciatura Plena, realizado pela Universidade Católica de Pelotas, UCPEL . O papel desempenhado pelos professores nas diferentes disciplinas de minha graduação foi fundamental para o meu envolvimento com as questões da didática. Comecei a ampliar o meu repertório com leituras direcionadas ao fazer pedagógico. A vontade de compreender o processo ensino aprendizagem levou-me a iniciar uma série de cursos de graduação.
A graduação foi significativa na minha formação, na medida em que me ofereceu subsídios para ampliação de conhecimentos no campo da educação. Iniciei em agosto de 2003 e conclui em  julho de  2006.
Em junho de 2006 véspera de me formar , participei de um concurso público Municipal e, tive exito passando em 8º lugar em educação infantil e, em outubro do mesmo  ano fui nomeada.
Em 2008 participei de um novo concurso Municipal, Passando em 4ª lugar para professor de 1ª a 4ª série.
Entre 2008 e 2009 participei de vários cursos de curta duração( até no máximo 40 horas aula) de diferentes assuntos a cerca de educação.
Iniciei a minha trajetória em Cursos de aperfeiçoamento em educação continuada como a ESCOLA ATIVA ( educação no campo e na cidade para turmas multi-seriadas), que iniciei em março de 2010 e terminei em Novembro do corrente ano.
Decidi realizar no ano seguinte o curso de educação continuada PRÓ-LETRAMENTO(alfabetização e letramento), que teve como duração  aproximadamente oito meses, e, que corroborou com meu aprofundamento de conhecimentos a cerca de alfabetização e letramento. No mesmo ano iniciei no Núcleo de Estudos em Ciências e Matemática-NECIM , que enfatizava a importância de trabalhar as ciências, como Ciência, desde a educação infantil. Após este, participei  do 7º simpósio de professores de ciências e matemática da região sul do RS e também do Iº Colóquio da Rede Regional de Ciências.
Agora decidi participar do curso de produção de material didático para a diversidade pela UAB-FURG e tenho grandes expectativas ao que se refere à aprendizagens que norteiem o meu "ser professora".....
Áquele abraço!!!!